segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Filme: Psicopata Americano



Título original: American Psycho
Diretor: Mary Harron
Roteirista: Mary Harron
Gênero: Suspense; Drama
Ano: 2000
Duração: 102 min

Neste outubro do horror muitas novidades estão acontecendo por aqui, uma delas é o novo seguimento de resenhas cinematográficas. Fiquei durante toda a semana pensando qual filme seria digno de estrear este novo seguimento. Depois de pensar bastante, optei por um filme que gosto muito.

Frequentador da alta sociedade nova yorkina, Patrick Bateman é um jovem bonito, elegante, educado e bem sucedido. Sua única preocupação é com sua pele, a qual submete um processo meticuloso todas as manhãs; seus ternos de alta costura; reservas em restaurantes elegantes; além de possuir a necessidade em ter o melhor cartão de visitas de Wall Street. Fútil e narcisista, Patrick encontra apenas uma solução para sua vida vazia, produto do individualismo e consumismo desenfreado dos anos 80: matar.

“Eu tenho todas as características de um ser humano. Mas nenhuma única emoção identificável, exceto ganância e aversão.”

Sua vida repleta de cremes esfoliantes, hidratantes e móveis elegantes divide o cenário com machados e facões em seu apartamento luxuoso, construindo um belo contraste entre a sua máscara e o seu verdadeiro eu.

Rodeado de pessoas fúteis, Patrick só pensa em violência, principalmente quando se trata de Paul Allan, o bem sucedido “colega” de trabalho dele. Em seu primeiro assassinato revelado ao telespectador, vemos um assassino meticuloso, higiênico e profissional. Com direito a um discurso bem elaborado sobre o álbum “Fore!” da banda Huey Lewis and the News e uma dancinha hilária, nosso protagonista sarado mata seu “colega” a machadadas.

Sua apetência assassina não termina com a morte de Paul Allan. Prostitutas e modelos são suas principais vítimas. Os encontros psicóticos de Patrick são recheados de um humor negro bem aplicado, uma sátira deliciosa à sociedade fútil e consumista.

Christian Bale fez um ótimo trabalho ao dar vida a Patrick Bateman. O realismo na expressão lunática dele foi perfeito. Não consigo ver outro ator atribuindo tanta intensidade ao personagem como ele o fez. Ele ganhou a minha admiração no momento em que o vi neste filme, muito antes de vê-lo em qualquer outro.

Apesar de ser bem mais leve do que o polêmico livro de Bret Easton Ellis, Psicopata Americano não deixa a desejar. Com camadas de ménage à trois (que me rendeu boas risadas), futilidade, narcisismo cômico, sarcasmos, ironia, humor negro e muita violência, o filme faz uma crítica social fantástica e mostra que filmes de psicopatas não precisam ser aterrorizantes, cheio de mortes e violência gratuita.

MUITO BOM!




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