sábado, 30 de março de 2013

Brumas de Avalon: O Gamo-Rei



Olá Brasil. Hoje vou resenhar o terceiro livro da saga As Brumas de Avalon da minha autora favorita Marion Zimmer Bradley.

O Gamo-Rei já começa maravilhosamente bem com a narração no ponto de vista de Morgause e finalmente podemos ver o que se passa no reino de Lot e com Gwydion — que promete muita coisa futuramente. Viviane sempre aparecendo e causando fascínio, ela sem dúvida é a melhor jogadora nessa trama envolvendo o reino.

Gwydion — filho de Morgana — parece ter uma grande importância no destino de Avalon e Camelot. De certa forma gosto do romance — se é que posso chamar dessa forma — entre Morgana e o Bardo Kevin. Eles são seres completamente desenvolvidos intelectualmente. Acho que eles fariam um casal fascinante, mesmo com a deformidade de Kevin.

O suposto caso entre Lancelot e Gwenhwyfar se torna mais evidente e até um pouco descarado nesse volume. E isso é o ponto forte que a Marion utiliza para criticar a hipocrisia que assola o reino de Camelot. A forma como a autora utiliza Gwenhwyfar para criticar esse fanatismo hipócrita é maravilhoso. As palavras que ela utiliza na narração são excepcionais.

Lancelot é um personagem muito conturbado por apaixonar-se pela esposa de seu Rei e primo, mas ele fez algumas revelações para Morgana que eu não esperava. Chocado me define quando li a revelação na página 45. Marion me surpreendeu novamente e só me fez amá-la ainda mais.

Entretanto, eu fiquei mais chocado com a Morte de Viviane, não esperava — mesmo tendo o conhecimento das visões profetizadas por Gwydion sobre derramamento de sangue diante do trono. Fui pego de surpresa, o que me deixou mais fascinado pela história, pois isso forçou Morgana a despertar para as questões da Deusa e dos interesses de Avalon.

O casamento de Morgana com Uriens é um pouco conveniente, mas o caso amoroso dela com o seu enteado Acolon é muito apaixonante e bastante importante para os planos de Morgana em defender Avalon.

Não senti falta das batalhas épicas, porque as conspirações que acontecem na coxia são maravilhosas. Fico fascinado com esse jogo político e com esse confronte de crenças que a Marion criou nessa saga maravilhosa.

Mais uma vez dou nota cinco para essa sequencia. Marion sempre me surpreende e me cativa a cada livro. Sem contar que a sua narração é esplendorosa.


Muito Bom





Citação favorita:
“ — Não posso ouvir você amaldiçoar minha religião, Gwenhwyfar. Nunca praguejei contra a sua, lembre-se disso. Deus é Deus, qualquer que seja o nome pelo qual é chamado, e é sempre bom. Considero pecado acreditar que Deus possa ser cruel ou vingativo, e você o torna mais mesquinho do que o pior dos seus padres.”
Morgana  

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Resenha O Gamo-Rei de J. R. Gomes é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Frankfurt e a feira do livro


Novidade no Estante de Garotos, além de resenhas e vídeos resenha, também teremos algumas noticias relacionadas ao universo literário. Claro que não necessariamente de primeira mão, mas cada um trabalha com o que tem, não é mesmo?

Para os que ainda não sabem, esse ano acontecerá a maior feira do livro no planeta. Sim, a Feira do Livro em Frankfurt. E pela segunda vez o Brasil é convidado de honra desse evento de proporções monumentais. E ainda tem quem diga que a literatura brasileira não é boa.

E não basta apenas ser o convidado de honra. A nossa literatura será representada por 70 autores. É autor para dar, vender e emprestar. E aqui segue a lista dos autores convidados:

Adélia Prado (MG)
Adriana Lisboa (RJ)
Affonso Romano de Sant'Anna (MG)
Age de Carvalho (PA)
Alice Ruiz (PR)
Ana Maria Machado (RJ)
Ana Miranda (CE)
André Sant’Anna (MG)
Andrea del Fuego (SP)
Angela-Lago (MG)
Antonio Carlos Viana (SE)
Beatriz Bracher (SP)
Bernardo Ajzenberg (SP)
Bernardo Carvalho (RJ)
Carlos Heitor Cony (RJ)
Carola Saavedra (RJ)
Chacal (RJ)
Cíntia Moscovich (RS)
Cristovão Tezza (SC)
Daniel Galera (RS)
Daniel Munduruku (PA)
Eva Furnari (SP)
Fábio Moon e Gabriel Bá (SP)
Fernando Gonsales (SP)
Fernando Morais (MG)
Fernando Vilela (SP)
Ferréz (SP)
Flora Süssekind (RJ)
Francisco Alvim (MG)
Ignácio de Loyola Brandão (SP)
João Almino (RN)
João Gilberto Noll (RS)
João Ubaldo Ribeiro (BA)
Joca Reiners Terron (MT)
José Miguel Wisnik (SP)
José Murilo de Carvalho (MG)
Lelis (MG)
Lilia Moritz Schwarcz (SP)
Lourenço Mutarelli (SP)
Luiz Costa Lima (MA)
Luiz Ruffato (MG)
Manuela Carneiro da Cunha (Portugal - SP)
Marçal Aquino (SP)
Marcelino Freire (PE)
Maria Esther Maciel (MG)
Maria Rita Kehl (SP)
Marina Colasanti (RJ)
Mary Del Priori (RJ)
Mauricio de Sousa (SP)
Michel Laub (RS)
Miguel Nicolelis (SP)
Nélida Piñón (RJ)
Nicolas Behr (MT)
Nuno Ramos (SP)
Patricia Melo (SP)
Paulo Coelho (RJ)
Paulo Henriques Britto (RJ)
Paulo Lins (RJ)
Pedro Bandeira (SP)
Roger Mello (DF)
Ronaldo Correia de Brito (CE)
Ruth Rocha (SP)
Ruy Castro (MG)
Sérgio Sant’Anna (RJ)
Silviano Santiago (MG)
Teixeira Coelho (SP)
Veronica Stigger (RS)
Walnice Nogueira Galvão (SP)
Ziraldo (MG) 

Além dessa representação maravilhosa com autores mais do que dignos, o Brasil contará com uma intensa programação cultural, que ocupará importantes espaços culturais de Frankfurt de agosto a janeiro.

A seleção de autores fora feita pela curadoria compartilhada entre o crítico literário Manuel da Costa Pinto, Antonio Martinelli (SESC SP) e Antonieta Cunha (diretora de Livro, Leitura e Literatura da Fundação Biblioteca Nacional).

Alguns autores recusaram o convite por motivos particulares e foram substituídos. Não fique triste se o seu autor favorito não se encontra na lista. O importante é essa nova face da literatura brasileira representada na maior feira do globo.

Os Óculos da Dona Gramática


Em um belo dia, Dona Gramática, ao acordar de um cochilo, percebe que seus óculos desapareceram. Ela logo suspeita do verbo, pois o verbo sempre é quem indica o praticante da ação. Porém, o verbo não sabia de nada e logo mandou a Dona Gramática perguntar para o Sujeito, mas o Sujeito estava passando por uma crise existencial, pois não sabia se era simples, composto, indeterminado ou até mesmo... Inexistente.

Enquanto isso o Pleonasmo surtava num rompante verborrágico e subira no banco da praça para declarar-se o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Nesse meio tempo, entra em cena a querida Pupi que amava a Dona Gramática e a irmã desta, a Norma Culta, mas como Pupi era muito jovem ainda era influenciada pela prima rebelde da família: Norma Coloquial.

E em uma atmosfera descontraída e deliciosa, Régi Macedo, o autor, desenvolve com uma didática magnifica, uma forma de aprender as funções de cada membro dessa família linguística que é a Língua Portuguesa.

Os Óculos da Dona Gramática é um livro divertidíssimo, como diria o adjetivo, e muito delicioso na sua leitura. Recomendo para todos que amam essa língua maravilhosa.

E afinal, com quem está com os óculos da Dona Gramática? Para saber só lendo esse delicioso livro.

Excelente






Citação Favorita:
“Dominar o discurso é dominar o próprio destino!”
O Substantivo


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Resenha Os Óculos da Dona Gramática de J. R. Gomes é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Ciclo da Herança: Eldest

 Olá pessoal como vocês estão passando?
 A resenha de hoje é sobre o segundo livro do ciclo da Herença: Eldest.

 E a Saga de Eragon continua, ele finalmente vai para Ellesméra continuar seu treinamento depois de uma batalha conturbada, mas não sem conhecer um pouco as cidades dos anões.
 
 Um dos pontos fortes desse livro (e o que eu me interessei bastante) é a introdução as culturas das outras raças como os Elfos, os Anões e até mesmo os Urgals, mas principalmente a dos elfos, o que o Chistopher Paolini soube escrever muito bem, diferenciando eles em extremos, mas interessantes com suas próprias crenças e maneiras de pensar.

  Um personagem que aparece bastante e que também há um crescimento é o Roran, primo de Eragon, que volta para a sua cidade natal e faz de tudo para proteger a vila de Carvahall, o que ganhou todo o meu respeito, já que ele é um simples humano e faz coisas extraordinárias só com a força de sua determinação.

  O que já não é o caso do Eragon, você percebe que ele aprende muita coisa e que ele cresceu, mas eu não consigo ver ele totalmente diferente de como ele era no começo, talvez por causa de seus medos e das falhas, mas  principalmente porque ele recebe MUITA ajuda, de todos! (sim são tempos desesperados e ele é o único cavaleiro que pode lutar contra Gabatorix, mas mesmo assim né?) Então eu acho que ele precisa ser um pouco mais independente como Roran foi!


  E claro que eu não posso esquecer de Saphira com seus conselhos e superioridade, mas que também erra, o que prova que ninguém é perfeito. Mas não pense que o livro será somente o treinamento do Eragon e a ascensão de Roran, revelações interessantíssimas ocorrem no final do livro!
Bom







Citação favorita:


"- Nunca peça ajuda a um elfo; ele pode, decidir que você estará melhor morto, hein?"

Orik, o anão.


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Resenha Eldest de Cleber Diniz é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil.

quinta-feira, 21 de março de 2013

As Brumas de Avalon: A Grande Rainha


Marion se tornou a minha autora favorita, não tenho como negar isso, mas deixando de lado o surto fã, vamos resenhar Brasil.

Em A Grande Rainha temos as consequências que se seguiram depois das manipulações feitas por Viviane para Artur virar Rei e ter um herdeiro de sangue puro. Além de revelar que Morgause, irmã mais nova de Viviane e esposa do Rei Lot, pode ser uma boa estrategista calculista. O surgimento de uma nova “narradora” é apresentado com Gwenhwyfar se casando com Artur.

Gwenhwyfar é a típica cristã fanática e hipócrita daquele período. Ela se casa com Artur estando apaixonada por Lancelot, melhor amigo e primo do Grande Rei. O que dá um pouco de complexidade e diferencia o romance de Igraine com Uther, pois Gwenhwyfar mantém o seu sentimento por Lancelot em segredo, assim como ele.

Marion continua sua critica aos cristãos fanáticos daquele período, e ela usa Gwenhwyfar com muita sabedoria para consolidar suas criticas. Como disse esses dias nas redes sociais: existem muitas Gwenhwyfar por ai interpretando santas, mas estão loucas para se entregarem nos braços de um Lancelot. Ela foi criada em um convento, então tudo o que não esteja de acordo com a igreja é coisa do demônio. Ela repudia e critica a antiga religião, mas é hipócrita o suficiente para buscar ajuda nessa religião para gerar o “herdeiro” de Artur, já que abortou diversas vezes sem querer.

Grande parte do livro se passa no ponto de vista de Gwenhwyfar. O que pode ser um pouco irritante para quem não consegue entender a cabeça de religiosos fanáticos, mas é algo necessário para mostrar o que acontece na corte de Artur, e de como Gwenhwyfar tem a capacidade de manipular ele. Viviane aparece muito pouco neste segundo livro, mas, como de costume, suas aparições são sempre reveladoras e importantes para o desenrolar do enredo. Devo admitir que Viviane é uma personagem muito importante e fascinante.

Morgana está desempenhando um papel mais importante no enredo agora — principalmente no final do livro quando Gwenhwyfar pede ajuda a ela para gerar um herdeiro para o trono. Porém Morgana percebe que a cada dia que passa ela perde o seu irmão para Gwenhwyfar, logo, Artur se afasta da antiga religião e de Avalon. Gwenhwyfar mostra uma grande habilidade em manipular Artur, tenho que admitir que ela é boa nisso.

O final do livro é bem inesperado, não contarei para não estragar a leitura. Gostei muito de como as coisas aconteceram e acho que Marion soube desenvolver o enredo com muita perfeição. O final de A Grande Rainha promete muitos babados e confusões.

Excelente





Citação favorita:

“— Não posso participar desse desejo, irmão. Também eu acredito ser a vontade de Deus que todos os homens devam procurar a sabedoria em si mesmos, e não recebê-la de outra pessoa. As crianças talvez precisem de alguém para lhes amassar a comida, mas os homens podem beber a sabedoria sozinhos.”

Teliesin, o Merlim


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Resenha A Grande Rainha de J. R. Gomes é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil.

terça-feira, 19 de março de 2013

Circulo Secreto: A iniciação


Preciso confessar uma coisa: Sou completamente apaixonado por bruxas. Elas são completamente fascinantes, mas hoje vou falar sobre um livro onde eu não me apaixonei pelas bruxas. Vamos resenhar, Brasil?

A Iniciação é o primeiro livro da trilogia Circulo Secreto da autora L.J. Smith. Nesse primeiro volume conhecemos nossa heroína, Cassie Blake. Típica adolescente tímida que acaba de se mudar para a cidade de New Salem com sua mãe. O processo de interação de Cassie com os demais jovens da cidade é um pouco delicado, mas ela acaba criando um laço de amizade com Diana Meade, á garota boazinha e simpática que todos amam e idolatram.

Com o surgimento dessa amizade Cassie acaba conhecendo o clube pop da escola, no qual Diana é a líder. Cassie não é muito bem vista pelas integrantes desse clube e acaba não se dando bem com alguns deles, principalmente Faye Chamberlain, a garota fatal. Típica encrenqueira e provável inimiga de Cassie, além de ser uma personagem chave para o desenvolvimento da trama. Um personagem que chamou muito a minha atenção foi Nick Armstrong, bad boy e garoto problema. Ele me deixou curioso, pois me pareceu muito misterioso.

Outro personagem que chamou a minha atenção foi Adam Conant, cara bonito — todas as garotas se apaixonam — Nossa heroína conhece Adam no começo do livro antes de chegar à New Salem e logo nutri um sentimento pelo nobre rapaz.

Entretanto, Cassie descobre que Adam faz parte do clube e que ele e Diana são namorados. E isso cria um grande conflito na cabeça de Cassie que se vê divida entre o garoto que ela se apaixonou e a sua nova amiga.

O mistério só começa a surgir quando Cassie descobre que é uma bruxa, assim como todos os membros do clube. E quando Adam mostra a Caveira de cristal. Um item mágico de grande poder e que se revela ser um objeto muito perigoso, mas a confusão só fica garantida quando Cassie beija Adam. Esse fato cai nos ouvidos de Faye que utiliza isso como ferramenta de chantagem para que Cassie a ajude a pegar a caveira de cristal. Talvez nossa heroína não seja tão heroica assim, não é mesmo?

O livro nos primeiros capítulos me deu bastante tédio, mas foi devido ao ambiente adolescente e eu não sou muito fã de histórias nesse âmbito. Porém nos últimos capítulos o mistério me envolveu e me deixou curioso para saber sobre a caveira de cristal e sobre os mistérios que envolvem Nick, Adam e os demais garotos do clube.

Particularmente achei o livro regular, porém é uma ótima dica para quem gosta de romances nesse âmbito.

Regular






Citação favorita:
 “— Isso foi só um eufemismo. A verdade é que a partir de agora você é minha prisioneira. Eu sou sua dona, Cassie Blake. Seu corpo e alma me pertencem.”
Faye Chamberlain 


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segunda-feira, 18 de março de 2013

Eragon


Boa noite gente!
Esse é meu primeiro post e espero que gostem, farei uma resenha sobre o que eu achei do livro Erago de Christopher Paolinni.


  Eragon é a história de um garoto pobre, analfabeto que só sabe cuidar da fazenda e caçar, até que ele encontra uma pedra “preciosa” que vai mudar seu mundo completamente, até por que essa pedra na verdade é o ovo de um dragão que estava aprisionado pelas mãos do rei de Alagäesia. UAU quanto coisa não?

  Mas antes de nos aprofundarmos na história vamos entender como é a política e quem vive nesse continente chamado Alagäesia, sabe-se que o rei é um tirano que está no trono há mais de cem anos e que tomou para si após matar o antigo rei, não antes de matar todos os cavaleiros de Dragões existentes naquele mundo! Os seres que vivem no continente são bem distintos como anões, elfos, humanos, dragões e até mesmo Urgals.

   Então podemos dizer que Eragon está em apuros por ter achado esse ovo, o que ele descobre muito fácil, pois seres estranhos começam a procurar por ele e acabam destruindo toda a sua vida antiga, por vingança e para segurança de sua vila ele foi forçado a fugir junto com o seu dragão para longe de Carvahall, quem o ajuda nessa jornada é um antigo contador de histórias chamado Broom que guarda vários segredos sobre sua vida passada antes de Carvahall, conforme sua viagem Eragon encontra vários aliados e vários inimigos, mas uma dúvida sempre passa pela sua cabeça: quem ele vai querer servir? O rei tirano? Ou quem luta contra ele?

   Falei muito do personagem principal, mas não disse sobre sua companheira e amiga, sim Saphira! O dragão fêmea (deixei o melhor pro final haha), Saphira é o único dragão livre e desimpedido, por si só ela já é a melhor personagem que existe na história, mas sua características são misteriosas e sabias, que nem mesmo ela entende e que não tem ninguém para ajuda-la, mas mesmo assim ela se sai muito bem! Ela é o Ás do livro, tanto é que na própria capa é ela que é ilustrada, o que ajuda sua imaginação a criá-la!

  Ao todo eu achei a história fraca, ocorre umas reviravoltas no meio do livro e no final, mas basicamente o Eragon não sabe de nada que está acontecendo a sua volta (é de se esperar isso) mas é um personagem muito sofrido que não pensa muito no que quer e vai com o vento!


Bom






Citação favorita:
 “Eu dei a ela esperança e você deu um futuro
- Saphira, escamas brilhantes


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As Brumas de Avalon: A Senhora da Magia

Sem dúvida um dos meus achados mais valiosos. Estava fazendo as minhas escavações literárias no sebo do Messias e encontrei essa maravilha por um preço MUITO popular. Agora vamos para a resenha.


Narrado na Bretanha do período pré-cristão. A senhora da magia nos conta a história do lendário Rei Artur e das mulheres que o cercavam. Narrado no ponto de vista feminino, podemos ver como tudo fora manipulado para que Artur nascesse e posteriormente virasse rei. Neste livro você não encontrará lutas épicas e nem derramamento de sangue, pois — conforme já disse — é narrado no ponto de vista feminino e naquele período as mulheres não participavam das batalhas.

Porém isso não é algo negativo, pois pelo ponto de vista feminino podemos ver como as situações foram manipuladas para que as coisas acontecessem em favor da Ilha de Avalon. Além dos romances, dramas e conspirações que envolvem os personagens. Marion Zimmer Bradley nos mostra que mesmo por detrás da coxia¹ as mulheres tiveram papéis importantes nos principais acontecimentos do período, além de criticar com muita sabedoria o fanatismo cristão que estava em ascensão.

No primeiro volume de As Brumas de Avalon somos introduzidos à vida de Igraine em Tintagel e em seu infeliz casamento com Gorlois. Também conhecemos a infância de Morgana, filha de Igraine, e como sua vida fora afetada com a morte de seu pai e o posterior casamento de Igraine com Uther — que fora planejado pela Senhora de Avalon, Viviane. Presenciamos o nascimento de Arthur e todas as articulações feitas para que ele se torna-se o único e verdadeiro Rei.

Morgana sem dúvida é a personagem mais fascinante no livro. Acompanhamos a evolução da personagem desde sua infância à sua iniciação nas artes místicas, quando se torna sacerdotisa de Avalon ao lado de sua tia Viviane, e a sua saída de Avalon deixando Viviane e as artes místicas para trás.

Com uma narrativa envolvente A Senhora da Magia nos faz amar, odiar e sofrer junto dos personagens. Um livro maravilhoso com um roteiro desenvolvido com uma maestria magnífica. A capa de couro vermelha com o título em dourado faz jus à obra maravilhosa que é.

Excelente





Citação favorita:
“O que os sacerdotes não sabem, com o seu Deus Uno e sua Verdade Única, é que não existe história totalmente verdadeira. A verdade tem muitas faces e assemelha-se à velha estrada que conduz a Avalon; o lugar para onde o caminho nos levará depende de nossa própria vontade e de nossos pensamentos, e talvez, no fim, cheguemos ou à sagrada ilha da eternidade, ou aos padres, com seus sinos, sua morte, seu Satã e o inferno e danação...”
Morgana 


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Resenha A Senhora da Magia de J. R. Gomes é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil.