segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O ESTANTE ESTÁ DE CASA NOVA


Lembra que tínhamos dito que tinha coisa nova chegando por aí? É com grande prazer que anunciamos que estamos de casa nova! Agora, vocês verão nossas resenhas e vídeos no http://www.estantedegarotos.com.br/ 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Concurso cultural: Harry Potter


Estamos em novembro, ou seja, já é natal. E pensando nisso o Estante de Garotos fará um concurso cultural para presentear um de vocês com a coleção completa da saga Harry Potter (capa branca). Isso mesmo, são os sete livros da saga, fala se não é um presentão de natal? 

O concurso será realizado entre os dias 10 de NOVEMBRO à 20 de DEZEMBRO e o resultado será divulgado na manhã do dia 25 de dezembro, pois será o nosso presente de natal para um de vocês.

Para participar é muito simples, leia com atenção as regras no link abaixo para não bobear e perder esta oportunidade.

Link para o concurso cultural: http://goo.gl/E6Hcnk


Concurso cultural Harry Potter

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Livro: Quem é você, Alasca?

Título Original: Looking for Alasca
Autor: John Green
Tradutor: Rodrigo Neves
Gênero: Literatura Juvenil, romance, ficção estrangeira
Páginas: 229
Editora: Martins Fontes
ISBN: 978-85-7827-342-2
  
Eu conheci John Green através do livro "A Culpa é das Estrelas", e resolvi ler os outros livros dele. Então, comecei por "Quem é você, Alasca?" que foi o primeiro romance do autor. E me surpreendi muito, pois honestamente acreditei que ele seria um one-hit-wonder ― uma vez que um de seus livros foi a maior explosão literária dos últimos tempos (Com direito a adaptação cinematográfica). O que, na maioria dos casos,  ofusca outras obras do autor.

O livro conta a história de Miles, um garoto de 15 anos que é fascinado por biografias e "guarda" as últimas palavras das pessoas. Exatamente, ele gosta de guardar qual foi a última coisa que as pessoas falaram (de início achei meio mórbido, mas beleza). Ele decide que é hora de expandir os horizontes e resolve estudar no mesmo colégio interno que seu pai. Chegando lá, ele conhece Coronel, um carinha baixinho e invocado com quem divide o quarto e aos poucos vai sendo introduzido ao círculo de amigos dele, apresentando inclusive Alasca, que é um personagem no mínimo intrigante.

O envolvimento de Miles com os colegas e com a própria Alasca é algo muito legal de se assistir. Primeiro, por que você se sente na escola de novo (para quem já terminou o colégio). Os personagens são muito diferentes e de início você se pergunta como todo mundo consegue andar junto, mas ainda assim, sabe que é possível, pois você também fez parte de um grupo peculiar no colégio. E conforme  vai lendo, vai se relacionando com os personagens, até que o livro ganha um grande mistério que te faz devorar os últimos capítulos na tentativa de entender como isso aconteceu e por que aconteceu.

O livro tem uma narrativa bem interessante. A leitura é bem gostosa e o modo como os personagens foram construídos foi bem satisfatório. Duas coisas que eu curti muito no livro: o fato dos personagens secundários terem tanto destaque e profundidade quanto o próprio Miles ― aqui ressalto que o Coronel é de longe meu personagem predileto, cuja história é mais complexa, logo, ele não é uma personagem rasa; e a divisão escolhida pelo autor, onde temos o "antes" e o "depois" (E passamos grande parte do livro nos perguntando qual será o fato que dividirá a história).

"Quem é você, Alasca" segue a linha do livro que fez nos apaixonar por John Green. História empolgante, um protagonista humano e acima de tudo: uma história que nos faz imaginar que todos fazemos parte de um "grande talvez".

MUITO BOM!


Citação Favorita:
"Passamos a vida inteira no labirinto, perdidos, pensando em como um dia conseguiremos escapar e em quanto isso será legal. Imaginar esse futuro é o que nos impulsiona para a - frente, mas nunca fazemos nada. Simplesmente usamos o futuro para escapar do presente"

- Alasca Young

Onde comprar: Amazon ($) | Saraiva | Cultura ($)| Submarino | Martins fontes |


Licença Creative Commons
Resenha: Quem é você, Alasca? de Alexandre Dias está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Filme: Sunlight Jr.

Título original: Sunlight Jr.
Diretor: Laurie Collyer
Roteirista: Laurie Collyer
Gênero: Drama
Ano: 2013
Duração: 90 min

Melissa é uma operadora de caixa em uma típica loja de conveniência americana e ao lado de Richie, seu namorado paraplégico, ela vive uma vida supostamente feliz, apesar das extremas dificuldades financeiras que quase chegam a beirar a extrema pobreza.

Eles vivem em um quarto de motel, onde mantêm uma vida sexual ativa. Entretanto, Richie sente-se constantemente culpado pela situação deles, pois em sua mente a sua condição o transformou em uma pessoa inválida e sem serventia para a sociedade americana. Por isso, ele contenta-se em concertar alguns eletrônicos, isso se ele não estiver afogando as suas mágoas com bebidas baratas.

Enquanto isso, sua mulher enfrenta arduamente as humilhações e os assédios constantes de seu patrão e de seu ex-namorado. Mas, uma gravidez repentina ressuscita, aparentemente, o ânimo do casal perante tantas dificuldades, porém tal felicidade não dura muito quando a vida de Melissa e Richie sai completamente dos trilhos, levando-os a caminhos opostos e doloridos.

A cena da personagem Richie no escritório do departamento de benefícios me marcou muito. Quando ele devaneia vendo-se livre da cadeira e andando novamente é a afirmação de como a personagem se enxerga: inválido e sem serventia. O que ele continuará sendo enquanto não se ver de outra forma. E isso retrata muito bem os deficientes americanos que enfrentam o preconceito em um país extremamente preconceituoso, junto com a imposição que a sociedade faz a eles, determinando que são inválidos e não possuem um lugar na sociedade utópica americana.

Em contraponto, a personagem Melissa retrata a busca por algo melhor, a esperança que muitos americanos sem poder aquisitivo possuem de um dia fazer uma faculdade, nem que seja comunitária, o que é algo extremamente inferior nesta sociedade. E a atriz Naomi Watts me surpreendeu muito com sua atuação ao dar vida à personagem, foi uma das melhores atuações que a atriz teve em sua carreira. Suas expressões foram captadas magistralmente com os lances de câmera. Eram tão convincentes e comoventes que me deixou arrepiado em muitas cenas. A equipe de maquiagem foi primordial para que a atriz conseguisse passar as consequências decadentes da vida da personagem.

E ela não é a única surpresa no filme, Matt Dillon surpreende muito em sua atuação como Richie. Eu assisti poucos filmes com ele e, dos poucos que vi, esse foi o único que ele me surpreendeu como ator.


A diretora e roteirista, Laurie Collyer, soube retratar com muita maestria a felicidade e a tristeza que é a vida deste casal, criticando o sistema e a sociedade americana, retratando o estilo de vida pobre e lamentável, e o ciclo da pobreza com a falta de oportunidades que, geralmente, perpetuam-se de geração à geração. Com um final que não é nem feliz ou estabelecido, ela mostra com beleza inexplicável que o sonho americano é uma noção ainda dormente para muitos.

MUITO BOM, VOCÊ PRECISA ASSISTIR!