Título original: American
Psycho
Diretor: Mary
Harron
Roteirista: Mary
Harron
Gênero: Suspense;
Drama
Ano: 2000
Duração: 102
min
Neste outubro do horror muitas novidades
estão acontecendo por aqui, uma delas é o novo seguimento de resenhas
cinematográficas. Fiquei durante toda a semana pensando qual filme seria digno
de estrear este novo seguimento. Depois de pensar bastante,
optei por um filme que gosto muito.
Frequentador da alta sociedade nova yorkina,
Patrick Bateman é um jovem bonito, elegante, educado e bem sucedido. Sua única
preocupação é com sua pele, a qual submete um processo meticuloso todas as
manhãs; seus ternos de alta costura; reservas em restaurantes elegantes; além
de possuir a necessidade em ter o melhor cartão de visitas de Wall Street.
Fútil e narcisista, Patrick encontra apenas uma solução para sua vida vazia,
produto do individualismo e consumismo desenfreado dos anos 80: matar.
“Eu
tenho todas as características de um ser humano. Mas nenhuma única emoção
identificável, exceto ganância e aversão.”
Sua vida repleta de cremes esfoliantes,
hidratantes e móveis elegantes divide o cenário com machados e facões em seu
apartamento luxuoso, construindo um belo contraste entre a sua máscara e o seu verdadeiro
eu.
Sua apetência assassina não termina com a
morte de Paul Allan. Prostitutas e modelos são suas principais vítimas. Os
encontros psicóticos de Patrick são recheados de um humor negro bem aplicado,
uma sátira deliciosa à sociedade fútil e consumista.
Christian Bale fez um ótimo trabalho ao dar
vida a Patrick Bateman. O realismo na expressão lunática dele foi perfeito. Não
consigo ver outro ator atribuindo tanta intensidade ao personagem como ele o
fez. Ele ganhou a minha admiração no momento em que o vi neste filme, muito
antes de vê-lo em qualquer outro.
Apesar de ser bem mais leve do que o polêmico
livro de Bret Easton Ellis, Psicopata Americano não deixa a desejar. Com
camadas de ménage à trois (que me rendeu boas risadas), futilidade, narcisismo
cômico, sarcasmos, ironia, humor negro e muita violência, o filme faz uma crítica
social fantástica e mostra que filmes de psicopatas não precisam ser
aterrorizantes, cheio de mortes e violência gratuita.
MUITO BOM! |
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