Olá
Brasil. Hoje vou resenhar o
terceiro livro da saga As Brumas de
Avalon da minha autora favorita Marion Zimmer Bradley.
O
Gamo-Rei já começa maravilhosamente bem com a narração no ponto de vista de Morgause
e finalmente podemos ver o que se passa no reino de Lot e com Gwydion — que
promete muita coisa futuramente. Viviane sempre aparecendo e causando fascínio,
ela sem dúvida é a melhor jogadora nessa trama envolvendo o reino.
Gwydion
— filho de Morgana — parece ter uma grande importância no destino de Avalon e
Camelot. De certa forma gosto do romance — se é que posso chamar dessa forma —
entre Morgana e o Bardo Kevin. Eles são seres completamente desenvolvidos
intelectualmente. Acho que eles fariam um casal fascinante, mesmo com a
deformidade de Kevin.
O
suposto caso entre Lancelot e Gwenhwyfar se torna mais evidente e até um pouco
descarado nesse volume. E isso é o ponto forte que a Marion utiliza para
criticar a hipocrisia que assola o reino de Camelot. A forma como a autora
utiliza Gwenhwyfar para criticar esse fanatismo hipócrita é maravilhoso. As
palavras que ela utiliza na narração são excepcionais.
Lancelot
é um personagem muito conturbado por apaixonar-se pela esposa de seu Rei e
primo, mas ele fez algumas revelações para Morgana que eu não esperava. Chocado
me define quando li a revelação na página 45. Marion me surpreendeu novamente e
só me fez amá-la ainda mais.
Entretanto,
eu fiquei mais chocado com a Morte de Viviane, não esperava — mesmo tendo o
conhecimento das visões profetizadas por Gwydion sobre derramamento de sangue
diante do trono. Fui pego de surpresa, o que me deixou mais fascinado pela história,
pois isso forçou Morgana a despertar para as questões da Deusa e dos interesses
de Avalon.
O
casamento de Morgana com Uriens é um pouco conveniente, mas o caso amoroso dela
com o seu enteado Acolon é muito apaixonante e bastante importante para os
planos de Morgana em defender Avalon.
Não
senti falta das batalhas épicas, porque as conspirações que acontecem na coxia
são maravilhosas. Fico fascinado com esse jogo político e com esse confronte de
crenças que a Marion criou nessa saga maravilhosa.
Mais
uma vez dou nota cinco para essa sequencia. Marion sempre me surpreende e me
cativa a cada livro. Sem contar que a sua narração é esplendorosa.
Muito Bom |
Citação favorita:
“ — Não posso ouvir você amaldiçoar
minha religião, Gwenhwyfar. Nunca praguejei contra a sua, lembre-se disso. Deus
é Deus, qualquer que seja o nome pelo qual é chamado, e é sempre bom. Considero
pecado acreditar que Deus possa ser cruel ou vingativo, e você o torna mais
mesquinho do que o pior dos seus padres.”
Morgana
Resenha O Gamo-Rei de J. R. Gomes é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil.